18 de Março de 1520, a sul do Rio da Prata – Os raios golpeavam a noite escura e abriam clarões sobre o mar bravo. No alto do mastaréu da gávea via-se um resplendor brilhante, prata e azulado, ondulante como chamas. “Olhai, olhai…” clamavam os marinheiro com o dedo em riste, chamando a atenção dos demais. “É o fogo-de-santelmo…”, gritavam outros. “Que nos guarde d’os demonhos d’este mar!”, suplicavam. Fria e dura, a chuva golpeava as naus com danação – estava assim há dois dias sem folgança. Trazia à mistura um pedrisco de gelo que acometia contra as madeiras num estardalhaço que metia arreceios aos mais bravos e deixava o convés branco, como se fosse uma calçada de pedras alvas e amontoadas.

FONTE: Blog João Morgado.

Efeito corona

Pelo efeito de fortes descargas elétricas o ar ambiente sofre uma reação química que une 3 moléculas de oxigênio (O2) formando 2 moléculas de ozônio (O3) que age esterilizando o ar e superfícies comprovadamente. Como a tensão que se manifesta é muito elevada, o escape de cargas ioniza o ar ao seu redor ao ponto dele se tornar

luminoso, o mesmo efeito ocorre em lâmpadas fluorescentes/ neon.

Esse interessante efeito foi notado na antiguidade nas tempestades onde a forte ionização do ar pela presença de

elevados potenciais estáticos fazia com que os mastros de embarcações e outros corpos ficassem com uma "aura" luminosa ou "coroa", daí o nome do efeito corona, também conhecido como "fogo de santelmo".

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